UFC Rio 2 (UFC 142) - Belfort afia boxe com filho de campeão olímpico de boxe (18734)

Com Guilherme de Oliveira, filho de Servíliuo de Oliveira preparativos de boxe para o UFC Rio 2

 Especializado em boxe olímpico com várias passagens pela seleção brasileira e filho de Servílio de Oliveira (até hoje único medalhista olímpico do Brasil na modalidade nos Jogos  do México, em 1968), o treinador Gabriel de Oliveira, de Santo André, integra a equipe de Vitor Belfort para o desafio contra o norte-americano Anthony Johnson no UFC Rio 2, e tem a responsabilidade especial de aperfeiçoar as habilidades no grande carro-chefe do estilo do atleta.

Dieta a partir de hoje, mas antes passada no restaurante

 Após período de treinos em Las Vegas (EUA), Oliveira retornou ao Brasil nesta semana para finalizar os treinamentos até o evento, que acontece dia 14, no HSBC Arena. Neste bate-papo, contou detalhes do preparo e prometeu um Belfort "totalmente renovado" na nova empreitada.

"Já nos conhecíamos há algum tempo, quando ele (Belfort) passou pelo boxe. Nos encontramos por acaso ano passado, em São Paulo. Ele lembrou de mim, treinamos um pouco e surgiu o convite. Fui para ficar dez dias, mas já estou há dois meses nos Estados Unidos", contou o técnico.

RECICLAGEM TÉCNICA

Segundo Oliveira, o estilo de trabalho voltado ao pugilismo olímpico FOI o fato que mais chamou atenção do carioca para suprir carências técnicas.

Basicamente um lutador de ataque, Belfort queria mais dinâmica e também criar atalhos para serem usados como alternativas à sua velocidade de golpes e explosão características.

"Afinamos o trabalho com base na movimentação mais detalhada, golpes de encontro em média e longa distância, que ele não usava", emendou Oliveira, que também analisou o estilo de Johnson, adversário da vez no dia 14.

Belfort é favorito, mas elogia duro adversário

"É lutador que se expõe muito com cruzados e outros golpes muito abertos. Uma de nossas táticas será aproveitar o timing correto e justo nestes espaços, com potência adequada para nocautear", avaliou.

Além de todo papo técnico, Oliveira disse deve encabeçar a nova equipe de MMA montada pelo lutador carioca, que no Brasil. que logo será anunciada e provavelmente terá sede em São Paulo.

Oliveira também encara a migração do pugilismo tradicional para o MMA como algo gradativo. Com família tradicional no boxe, o técnico vê a adaptação para o MMA como algo a ser levado em conta atualmente por todos os profissionais dos esportes de combate.

"Temos de equilibrar o trabalho e conciliar modalidades. Creio que não estamos no meio de uma ‘modinha'. MMA veio para ficar, e quem não prestar atenção nisso, vai ficar para trás", afirmou.

Ultimate retornará ao Brasil confiante em repetir sucesso

Apenas cinco meses após o sucesso alcançado com o UFC Rio, a organização de MMA retorna ao Brasil e realizará o segundo evento na Cidade Maravilhosa.

Além de Vitor Belfort, que enfrentará o norte-americano Anthony Johnson na categoria médio (até 84kg), a disputa principal da noite fica por conta do campeão peso pena (até 66kg) José Aldo Júnior, que colocará o título em jogo contra o norte-americano Chad Mendes.

A Rede Globo transmitirá ao vivo as duas últimas lutas do card, a partir da 1h da madrugada de sábado para domingo.

O restante da programação, obviamente, vem recheada de craques nacionais da modalidade. Boa parte, inclusive, também participou da edição de agosto (UFC 134), casos do mineiro radicado no Rio de Janeiros Rousimar Toquinho Palhares, o catarinense Thiago Tavares, o capixaba Erick Silva e o carioca Edson Barboza.

A ausência mais sentida será do campeão peso médio Anderson Silva, que só deve lutar em maio ou junho, provavelmente em outro UFC realizado em território nacional (provavelmente em São Paulo).

Belfort no Rio curte a praia com a sua equipe