Já que análise é palavra de ordem, abaixo temos mais uma, com foco na performance do brasileiro. Obviamente, os pontos em questão são levados de forma teórica e opinativa.
A impressão que ficou - Em termos gerais, o combate de cinco assaltos (regra atual para todos os desafios principais de cada UFC, independente de disputa de cinturão), foi essencial para ilustrar o poder de superação de Shogun.
Se houvesse apenas as três etapas até então usuais, a impressão deixada pelo brasileiro seria totalmente diferente. Em relativa desvantagem durante os primeiros 1o minutos e bem perto de ser nocauteado no terceiro assalto, Shogun conseguiu estabelecer a reação para valer mesmo apenas nas duas últimas parciais, e isso o tornou passível de contar com a sempre imponderável decisão dos árbitros.
Números - Em termos gerais, as estatísticas apontaram:
Maurício Shogun
Golpes disparados/executados - 293/191 (65%)
Quedas tentadas/executadas - 10/5 (50%)
Dan Henderson
Golpes disparados/executados - 179/113 (63%)
Quedas tentadas/executadas - 4/1 (25%)
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| Henderson consagrado vencedor e a a visível decepção de Maurício Shogun |
O que faltou? - Cadenciar e conter mais os primeiros momentos do ímpeto de Henderson, um dos atletas mais impetuosos na história do MMA em 'primeiros minutos de luta'. Muito afoito no começo, Shogun errou na dose tática, deveria ter atuado de forma mais racional e ouvido os conselhos do córner, capitaneado pelo irmão Murilo Ninja.
Neste sentido, aproveitar mais as fortes habilidades nos low kicks (chutes nas pernas) com fintas e timing corretos - além de maior volume em jabs e contragolpes - seria imprescindível para quebrar as investidas e o ritmo intenso instantâneo imposto pelo adversário.
Outras batalhas - A luta contra Henderson fortalece o retrospecto notável de Shogun em lutas que se transformaram em batalhas repletas de discussões, emoções e polêmicas com resultados. Na época do Pride, em 2005, a que ficou marcada foi contra Rogério Minotouro Nogueira, a quem venceu por pontos após três roounds de voltas e reviravoltas eletrizantes.
No UFC, a primeira das duas lutas contra Lyoto Machida (edição 104, em 2009), também rendeu pano para manga. Após cinco rounds, Shogun até hoje alega maior volume e eficiência de luta, mas os árbitros apontaram a vitória por pontos para Machida, na época detentor do cinturão.
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| Após o combate as marcas da guerra |
O próximo desafio - O ponto mais delicado. Pelas lesões e fraturas adquiridas contra Hendo, o brasileiro pegou suspensão médica e terá de ficar de molho pelo menos 180 dias sem treinos de contato físico.
Até lá, a incidência da remexida e concorrida categoria provavelmente terá dinâmica totalmente renovada. O tira-teima imediato contra Henderson (também suspenso pelo mesmo período) desponta como preferência. Mas em palpites mais amplos, revanches contra Quinton Rampage Jackson (que Shogun também venceu no Pride), ou Rogério Minotouro também teriam potencial de sobra para serem emocionantes.
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