quinta-feira, 8 de março de 2012

LORENZO FERTITTA O TODO-PODEROSO DO MMA MUNDIAL QUE POUCO APARECE NA MÍDIA

Lorenzo Fertitta palestrando na Universidade de San Diego

O economista Lorenzo Fertitta está transformando o esporte de lutas MMA num fenômeno global (e multiplicou o valor de sua empresa por 500). Daqui a cinco anos, diz ele, será capaz de jogar o futebol na lona

Economista de formação, Lorenzo Fertitta seguiu a regra de ouro para quem é investidor de carteirinha. Comprou, com o irmão Frank, o Ultimate Fighting Championship (UFC) na baixa – em 2001 a marca valia US$ 2 milhões e beirava a falência. A ideia foi do amigo de infância Dana White, que fez seu nome no boxe americano e era empresário de alguns lutadores na competição. A família Fertitta, então dona de uma rede de cassinos, a Station Casinos, topou o negócio. Assim, foi fundada a Zuffa, empresa que hoje detém a maior competição de Mixed Martial Arts (Artes Marciais Mistas, estilo de luta em que são permitidos golpes de várias modalidades, como jiu-jítsu, judô ou caratê).

No contrato social da companhia, uma cláusula inusitada garante a continuidade dos negócios: caso os irmãos Lorenzo e Frank, acionistas majoritários, discordem, a questão será resolvida no octógono, o ringue do MMA, com a arbitragem de White. Até onde se tem notícia, a luta nunca aconteceu, e a estratégia tem dado certo. Em menos de dez anos, o UFC valia mais de US$ 1 bilhão, segundo a revista Forbes. “E não está à venda”, diz Lorenzo, com sua voz grave e ótima dicção, sem desviar os olhos do interlocutor. Foi ele que esteve à frente desse milagre econômico.

A união que deu certo entre Dana White e os irmãos Fertitta
 Aos 42 anos, o norte-americano bisneto de italianos e CEO da Zuffa fez do UFC um dos cases de maior sucesso na história recente do capitalismo. Só no Brasil, o evento arrebatou uma multidão de 15 mil espectadores. Por cada cidade onde passa, o UFC movimenta um volume entre R$ 27,7 milhões e R$ 73,9 milhões. A programação é transmitida para 150 países, em 21 idiomas, e alcança mais de 1 bilhão de casas no mundo. “E ainda há espaço para crescer”, diz. “Em quatro ou cinco anos vamos conversar sobre o UFC estar se aproximando

Fonte: Época Negócio (22436)

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